domingo, 3 de agosto de 2008

18 anos.

Estava eu aqui pensando, daqui a pouco vou ter 18 anos, mas precisamente daqui a 2 horas e 11 minutos, lembro-me que quando era criança e não via a gora de ter 18 anos e esse momento chegou, chegou mais rápido do que eu imaginava e um vazio me corroeu por dentro! Não concluí sonhos passados, não estou na França, nem tirei minha carta de motorista, mas tudo bem tenho ainda tempo de decidir tudo isso!
Também estou um pouco chateada com pessoas que pensei q estariam sempre ao meu lado, que infelizmente se foram, que percebi que hoje já não faço parte da vida delas, sinto falta da maioria delas, queriam que partilhassem esse momento da minha vida, que bebesse comigo, que me dessem forças para os meus grandes objetivos.
Assim, eu aprendi que o importante é as amizades de hoje, é o quanto você acreditou que elas seriam verdadeiras, e foram enquanto durou, que os momentos q passamos juntos são eternos mesmo que as amizades não.
Que daqui a pouco será 30 anos e lembrarei dos 18 e pensarei:" ainda bem que fiz algo pelo meu futuro, ainda bem que tive pessoas que me auxiliaram nesse sonho"
Que eu posso e vou decidir o que eu quero da minha vida, vou dar o meu melhor sempre.
Feliz Aniversário pra mim, que eu tenha saúde e esperança sempre.
A vida é apenas uma!

Viver não dói

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana, que gerou
em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projecções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.

Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade

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